Até meados dos anos 1990, Itacaré vivia meio isolada em razão de uma estrada de terra difícil de encarar. Hoje, depois da chegada do asfalto, essa antiga vila de pescadores vive do ecoturismo e do interesse gerado pela sequência de belas praias que começa bem pertinho de seu centro histórico. Resende e Tiririca são as mais próximas, ambas com mar de ondas fortes. Algumas são selvagens e exigem fôlego para ser alcançadas, caso da Prainha – para ter direito de curtir um dos visuais mais bonitos do Brasil e um point de surfistas, é preciso enfrentar uma caminhada de 40 minutos. Também exige pernas fortes, e ajuda de quem conhece a região, chegar à curtinha e linda Havaizinho e à deserta Engenhoca, essa com a vantagem de proporcionar banho de água doce, porque tem o Rio Borundanga num dos cantos.
Alguns casarões erguidos no período em que o cacau trouxe riqueza para a região, entre os séculos 19 e 20, ainda estão de pé, restaurados. Uma única rua, a Pedro Longo, concentra o comércio. À noite, ela divide o agito com o Praia da Concha, onde está a maioria das pousadas, além de barzinhos. Hotéis de sonho e resorts, como o Txai, instalado na belíssima e quase privativa Praia de Itacarezinho, oferecem não apenas conforto e mordomia, mas passeios que exploram os mangues, rios e cachoeiras da região. Descendo de seu nascedouro na Chapada Diamantina, no centro da Bahia, o Rio das Contas chega a Itacaré e faz a alegria dos adeptos de esporte de aventura. Com sol brilhando praticamente o ano todo, dá até para programar a viagem para os meses em que a cidade fica mais sossegada, entre julho e outubro. De quebra, ganha-se a oportunidade de avistar baleias, que aparecem na região para acasalamento.